Uma lição de vida
Uma vez aprendi uma lição de um homem, que
nunca mais vou esquecer. Aprendi com ele, que sabedoria cabe em todo lugar. Mas
a história é sobre outra coisa. Sobre um fato, aconteceu em uma brincadeira.
Sempre curioso sobre tudo, quis aprender
jogar poker. Logo descobri que meu vizinho, sabia jogar poker. Leonino, de
quinze anos jura que sabe tudo de quase tudo. Depois de um tempo brincando com
os amigos de jogar poker, ele percebeu que eu estava jogando bem poker, que
tinha entendido a malandragem do poker.
Um domingo a tarde, nós jogávamos na mesa
de sua cozinha. Ele levanta limpando os óculos de aro de prata, e de bom humor,
aceitou nosso convite de jogar conosco.
Sentou sorrindo, e sorria o tempo todo. Eu
maravilhado , porque teria um adversário a minha altura. Ele percebeu, e me
cuidava, e sorria. (essas coisas eu só sei hoje, que tenho a idade que ele
tinha na época).
Acontece, que meu mestre era um exímio
jogador de cartas, vencê-lo em qualquer rodada era quase impossível, a não ser
que a mão viesse muito ruim, ainda assim ele poderia, ou não, usar o blefe.
Depois de umas dez rodas em que um e outro
ganhavam, ficamos só nós dois na mesa, eu com um four de reis, ele não poderia
ter mais que aquilo na mão. Seria uma coincidência estatística com quase zero
de probabilidade.
Ele não desistia, e eu apostei tudo, até a
aliança da minha namorada e paguei pra ver. Ele sorrindo, me pediu pra mostrar
o que eu tinha. “Four de reis!” gritei. E, sempre sorrindo muito, baixa na mesa
um four de ases. “Puta merda!” foi o que eu disse. E rimos muito da
impossibilidade daquilo ser possível.
Eu que gostava de jogos de aposta. Nunca
mais apostei em jogos. Mais tarde entendi quando li de Izacc Azimove, que nunca
se deve apostar mais que quinze centavos.
Hoje eu sei, que bom no carteado que era,
meu mestre manipulou as cartas para me dar um four de reis, e ficar com um four
de ases.
Aprendi que sabedoria deve ser usada em
todo momento. E agradeço a João Idalino Machado.
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