domingo, 1 de julho de 2012

Crônica Jacinto


O verde fica dourado!
             Lá de cima dos morros, do sítio lá do Cará, o sol da madrugada vinha esparramando luz sobre Jacinto Machado. A luz abria fendas sobre os quênions, e o verde dourava.
O cheiro de flor, doce e colorido, e os polens parecendo fótons maiores de luzinhas condensadas.
É das poesias sertanejas mais antigas que a vida aqui só é ruim quando não chove no chão, mas se chover dá de tudo, fartura tem de porção.
E a gente sem querer, mesmo sem saber por que, ama o torrão em que nasceu. E parece que a gente se olha e se gosta dessa gente. A gente sorri e a gente brinca. A gente trabalha e se ajuda. E trabalhamos contribuindo cada um com o dom que Deus lhe deu, dons que muitas vezes ficamos pensando por que deu Deus. Contribuições que por vezes consideramos desnecessárias.
Mas, parece que uma estranha força forma uma teia invisível, e que de alguma forma estamos todos enredados. É o que chamam de destino, e eu não quero lutar por isso. Quero lutar porque amo meu povo, porque amo a minha terra.
Essa gente trabalha, se esforça, quer ver o bem de todos, ainda que poucos estejam mais bem que todos. Mas, não é por mal. Declaramos odes variadas à diversidade: “somos diferentes!” Cada qual tem seu talento, e cada talento é a parte necessária para a construção do bem de todos.
Sim, nós amamos nossa terra, sim nós queremos o bem de todos, nos queremos ser melhores, e nós seremos cada vez melhores construindo juntos, para o bem de todos.
Força e trabalho nunca faltou. Cooperando, o progresso, sempre vamos alcançar.
Juntos a gente veio, e juntos, vamos continuar.


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