terça-feira, 20 de novembro de 2012

Eleitos para 2013/2016 viajam a Brasília em busca de recursos e apoio a projetos para Jacinto Machado



(Reportagem e fotografia Antenor Emerich)
 
Adelor Emerich (PP), daniel Hipólito (PSDB) e Antonio de Fáveri (PT)
 Prefeito Antonio de Fáveri (PT), o vice eleito, Adelor Emerich (PP) e o vereador reeleito Daniel Hipólito (PSDB), viajam a Brasília, para visitar a esplanada dos ministérios.
Levam na bagagem projetos para o desenvolvimento de Jacinto machado. Aproveitam o momento em que a câmara dos deputados vota o orçamento participativo de 2013, para reforçar e garantir verbas para o município.
O prefeito Antonio de Fáveri (PT) visita deputados e ministros do Partido dos Trabalhadores, levando os projetos e pedidos. O vice de 2013, Adelor Emerich, visita correligionários do Partido progressista, deputados e diretores dos ministérios, e o vereador Daniel Hipólito visita companheiros do PSDB, ambos levam também os mesmos projetos às respectivas diretorias e secretarias de seus partidos.
A comitiva visa firmar os projetos já existentes e amplia os projetos para 2013.
“A união dos partidos aumenta o leque de possibilidades com os ministérios em Brasília, e coloca Jacinto Machado na direção de um futuro promissor, para o bem estar dos munícipes”, ressaltam o prefeito Antonio e o vice Adelor Emerich.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A Biblioteca

Quarenta anos de crise – Parte III

Um dia, não sei como, fui parar na prefeitura, e dei de cara com a biblioteca. Uma moça magra, alta e muito gentil e com interesse me atendeu. Explicou que somente poderia fazer carteirinha de leitor, passando a ser sócio da biblioteca, quando chegasse à quinta série. Não perdi tempo reclamando da má sorte. Comecei a esperar ansiosamente pelo “ano que vem”!
Não demorou. Um dia fui ao dentista, Dr. Vanderlei, depois do meio dia, já previamente combinado com minha mãe, que antes passaria na biblioteca para fazer a “carteirinha”. E fiz! Peguei o Livro “Macaco Simão”.
No livro dois ratos querendo repartir um queijo procuram por Simão, o macaco, para que lhes ajudasse na questão. O macaco partiu o queijo ao meio, mas não ficara bem dividido, e um dos ratos não querendo ser prejudicado na partilha, reclama. O Macaco coça a cabeça e decide comer um pedaço do queijo maior na esperança de igualar as partes. O que não acontece, e o outro rato agora reclama que a parte dele está menor. O macaco coça a cabeça outra vez, e sem ter nenhuma outra idéia, decide comer um pedaço da parte maior. O que tão pouco deu resultado, e outra reclamação se fez, o que resultou em mais menos um pedaço de queijo. Com a seqüência reclamações, o queijo acabou.
Fiquei olhando para o fim da história meio sem jeito. Os ratos de olhos esbugalhados e o macaco espantado olhando as próprias mãos espalmadas para cima e vazias. Não conseguia decidir se o macaco fizera tudo bem intencionado, ou fora de caso pensado. De qualquer maneira a culpa é dos ratos que para não ficarem com menos, acabaram sem nada. Ainda assim minha mente filosófica tinha mais uma questão a resolver: Ou o macaco não sabia dividir e comeu o queijo por não ter outra idéia melhor, ou enganou os gulosos; entretanto os camundongos somente foram enganados por que não sabiam dividir. Conclui então que: “quem não sabe dividir fica sem nada”.
Li três vezes a história antes de ser atendido, e sai do consultório e fui correndo para a biblioteca trocar de livro.
Decepção total! Com muito tato por se tratar de um menino franzino de dez anos que amava os livros, Iria Just, a guardiã da Biblioteca Pública, explicou que somente poderia trocar de livro no outro dia. Ela não me conhecia e acreditava que eu não lera o livro, mas que, conforme era costume das crianças, apenas olhara as figurinhas. Fui desolado para casa, mas firme, o outro dia já era amanhã. Fui deitar mais cedo para pensar bastante.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Considerações sobre a filosofia política em Jacinto Machado




Jacinto - pedra semi-preciosa
 Como repórter preciso escrever de modo a descrever a realidade.
Jacinto foi fundado município em  21 de julho de 1958.
Os fundadores do município, oriundos em sua maioria da Europa, traziam forçosamente toda a cultura da Europa pós guerra, as velhas rixas nacionalistas, e estavam inseridos numa discussão política que decidia sobre os regimes políticos do Brasil. Brizola com seu ideal socialista de reforma agrária. Reforma que ele fez em suas terras no Rio Grande do sul. Os generais com sua sanha de poder. E, um ideal progressista que persiste até os dias de hoje. Nesta data, de sua fundação, Jacinto dependia de Ararangua e de Turvo (de Turvo até o presente), e queria sua independência. Por esta época Jacinto já produzia energia elétrica por conta própria. Mais exatamente pelo cidadão Egídio Tomasi.
Todos concordavam que Jacinto Machado precisava progredir. A questão era por qual rumo. Os cidadãos tinham idéias diferentes de administração, motivados pela nacionalidade européia, pelos diferentes ideais políticos, e, até por grupos de amizade, religião, e gostos pessoais similares. O município, recém independente, dividiu-se em diferentes correntes de pensamentos ideológicos e políticos. Estas divergências persistem ao presente, e, se lançam a futuro próximo e distante.
Ambos os grupos cometeram enganos, e ambos abusaram um tanto do poder. Isto além das contradições ideológicas e sociais gerou discrepâncias pessoais. Não podemos exigir de nossos antepassados que acertassem em todas. Eram tempos difíceis. É preciso compreender aqueles que viveram numa época em que, para telefonar era preciso ir a Torres/RS.  Assim se vendia banana e arroz por telefone, transportando em caminhões que levavam três dias para ir a São Paulo/SP.
O jacinto é uma planta bulbosa e herbácea com uma belíssima floração
A banana se plantava mas encostas de morros. E o arroz nos lugares mais baixos onde juntava água. Não se tinha a tecnologia das granjas. Parece incrível, mas a divisão de culturas dividia os agricultores. Quando se foi criar a Cooperativa de Eletrificação Rural de Jacinto Machado, essa cisão apareceu. O mesmo aconteceu quando da fundação da Cooperativa Agropecuária de Jacinto Machado. A Cooperativa deveria ser de banana e arroz. Bastante difícil falar sobre isso com os “antigos” de modo jornalístico. As mágoas ainda são recentes. Nossa história é muito recente, e muito intensa. Somos mesmo um povo forte que luta e trabalha.
Vou deixar um pouco para o próximo artigo.
Sim, nós temos história pra contar.