quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

O PT de Jacinto Machado



política 2016  

O fim de um governo desajeitado




Com a intenção de desbancar do poder o PMDB de Jacinto Machado, uma coalizão política histórica se formou no município. Saiu partido político até da rachadura dos cannions, para se opor ao partidão. A população estava cansada dos desmandos e artimanhas de um governo que nada fazia e que consumia todas as energias do município.

O PT era o partido que não partia a coalizão, e Antônio de Fáveri era o gestor honesto que todos estavam clamando. Primeira eleição, primeira vitória acirrada, segunda eleição, segunda vitória acirrada. Podia-se perceber que a certeza era pouca, e que essa história de partido ruim não colava para toda a população, na verdade, apenas para meia população.

Por oito anos a prefeitura demonstrou uma gestão ilibada, consciente e extremamente organizada. E a lamúria constante da população, contra um prefeito que ninguém via. Que não encontravam. Ele estava lá, mas a população em geral não se sentia humanamente representada. Nas pesquisas as aprovações da gestão público chegavam a 80%, mas as aprovações da pessoa do prefeito eram sempre muito baixas. Boa gestão, péssima popularidade. O corpo empresarial e industrial também demonstrava estar descontente.

Quando nos discursos, se ouve o prefeito falar de suas obras, todos se encantam. Mas tenho a sensação que era de fato apenas o encanto, logo que tomavam distância da presença magnética de Antônio de Fáveri, o encanto desaparecia. O PMDB bateu na bigorna sem parar por oito anos consecutivos. O prefeito nunca conseguiu reverter o falatório das ruas que dizia que o prefeito não fez nada, não fez nada, não fez nada, não fez nada, não fez nada...

Enfim.

De modo geral, o PT de Jacinto Machado se fez de óleo na água, e não se misturou com a população, agindo como um partido de direita durante todo o período, enclausurado na sua torre brega, tomava decisões arbitrárias e de forma totalitária, sem jamais, em oito anos de governo, convocar a sociedade civil organizada para qualquer tipo de reunião organizacional administrativa, nem mesmo para grandes eventos como a BANARROZ e o JASINTO NATAL. Desciam com as ideias prontas e as distribuíam aos subalternos, e parcerias com as adesões costumeiras, cooperativas e outros órgãos públicos. Muito falatório e muita gente batendo no peito, pouca criança e muitos pais. Pouca obra e muito arquiteto.

Um bom governo desajeitado. Não há o que dizer, mas as urnas rejeitaram a continuação do que estava acontecendo. O povo não quis “deixar tudo como está”. As pesquisas mostravam que muitos eleitores queriam votar no 11, mas não queriam votar no 13. Na dúvida elegeram o 15, um indivíduo completamente desconhecido, social e politicamente. Contra tudo o que estava acontecendo, um governo empolado e sem brilho, que não conseguiu fazer com que a população se sentisse de fato prestigiada.

A vantagem de votos do PMDB é mais que o dobro das vantagens das duas eleições ganhas pelo PT.

Pelo desleixo o governo do PT termina sem alardes, não deve deixar saudades e Antônio de Fáveri deve cair no ostracismo que caem todos os políticos que não sabem o que é generosidade nem afeição política. Orgulho? Ingenuidade? Rudeza de caráter? Não sei, o que sei é que a história não perdoa.

Encerramento do blog 2016.

Em 2017 tem mais!