política 2016
O fim de um governo desajeitado
Com a intenção de desbancar do poder o PMDB de Jacinto
Machado, uma coalizão política histórica se formou no município. Saiu partido
político até da rachadura dos cannions, para se opor ao partidão. A população
estava cansada dos desmandos e artimanhas de um governo que nada fazia e que
consumia todas as energias do município.
O PT era o partido que não partia a coalizão, e Antônio de
Fáveri era o gestor honesto que todos estavam clamando. Primeira eleição,
primeira vitória acirrada, segunda eleição, segunda vitória acirrada. Podia-se
perceber que a certeza era pouca, e que essa história de partido ruim não
colava para toda a população, na verdade, apenas para meia população.
Por oito anos a prefeitura demonstrou uma gestão ilibada,
consciente e extremamente organizada. E a lamúria constante da população,
contra um prefeito que ninguém via. Que não encontravam. Ele estava lá, mas a
população em geral não se sentia humanamente representada. Nas pesquisas as
aprovações da gestão público chegavam a 80%, mas as aprovações da pessoa do
prefeito eram sempre muito baixas. Boa gestão, péssima popularidade. O corpo
empresarial e industrial também demonstrava estar descontente.
Quando nos discursos, se ouve o prefeito falar de suas
obras, todos se encantam. Mas tenho a sensação que era de fato apenas o
encanto, logo que tomavam distância da presença magnética de Antônio de Fáveri,
o encanto desaparecia. O PMDB bateu na bigorna sem parar por oito anos
consecutivos. O prefeito nunca conseguiu reverter o falatório das ruas que
dizia que o prefeito não fez nada, não fez nada, não fez nada, não fez nada,
não fez nada...
Enfim.
De modo geral, o PT de Jacinto Machado se fez de óleo na
água, e não se misturou com a população, agindo como um partido de direita
durante todo o período, enclausurado na sua torre brega, tomava decisões
arbitrárias e de forma totalitária, sem jamais, em oito anos de governo,
convocar a sociedade civil organizada para qualquer tipo de reunião
organizacional administrativa, nem mesmo para grandes eventos como a BANARROZ e
o JASINTO NATAL. Desciam com as ideias prontas e as distribuíam aos
subalternos, e parcerias com as adesões costumeiras, cooperativas e outros
órgãos públicos. Muito falatório e muita gente batendo no peito, pouca criança
e muitos pais. Pouca obra e muito arquiteto.
Um bom governo desajeitado. Não há o que dizer, mas as urnas
rejeitaram a continuação do que estava acontecendo. O povo não quis “deixar
tudo como está”. As pesquisas mostravam que muitos eleitores queriam votar no
11, mas não queriam votar no 13. Na dúvida elegeram o 15, um indivíduo
completamente desconhecido, social e politicamente. Contra tudo o que estava
acontecendo, um governo empolado e sem brilho, que não conseguiu fazer com que
a população se sentisse de fato prestigiada.
A vantagem de votos do PMDB é mais que o dobro das vantagens
das duas eleições ganhas pelo PT.
Pelo desleixo o governo do PT termina sem alardes, não deve
deixar saudades e Antônio de Fáveri deve cair no ostracismo que caem todos os
políticos que não sabem o que é generosidade nem afeição política. Orgulho?
Ingenuidade? Rudeza de caráter? Não sei, o que sei é que a história não perdoa.
Encerramento do blog 2016.
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